domingo, 25 de maio de 2008

Ai.

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Ele a soltou a mão. Ela o permitiu partir. Com um sorriso de canto de boca, e com a certeza de que ele irá voltar, apenas comentou - vá, viva, volte mas não me provoque! Ele já dobrava a segunda esquina com cuja compainha ela jamais haveria de saber. E ele seguiu só. Provocar é umas das antimanhas mais perigosas que o ser humano usa para manipular. Para controlar diversas situações. O perigoso é que quando se provoca pouco se reflete sobre isso. Egoísmo toma conta e então pode se perder muito com aquilo alí. As consequencias podem ser irreversíveis. Pode mudar completamente determinada situação com um pouco de provocação. As vezes provocar é necessario e se torna até bom. Mas em sua maioria, por ser usada de forma irracional acaba gerando o que nem se queria. Embora muito pacifica, ela não era tão paciente quando os olhares de fora acreditavam ser. Ela evitava muito, e era as vezes estremamente calculista. Mas vez ou outra agia por impulso. Mas não ousava provocar. Acreditava muito em sentimento e conhece bem cicatrizes. Tenho algumas cicatrizes abertas ainda, situações mal-resolvidas que quando vem à tona, retornam a sangrar em minha pele, na minha vida, na minha alma. Não sei bem como curar, mas aprendi a viver com ela. Confesso que essas feridas até me instigam as vezes. Há horas em que é necessario um pouco de dor para que possa reagir, para que eu lute para amenizá-la já que há coisas que não tem como acabar. É que ainda acredito no pra sempre.

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