sábado, 21 de junho de 2008

terça-feira, 17 de junho de 2008

Desacordada.

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adormecerei! me dê então um sedativo beem forte. sentir talvez seja o mais doloroso agora. junta-se o tudo num nada, e nada adianta. nada me alcama. respirar arde... meu peito arranha. minha garganta não expeli palavras. minha pulsasão parou. e eu não estou aqui. transportei-me de órbita. preciso procurar outros tons para as cores que desbotam em mim. quero um horizonte distante, esse que de maneira alguma eu possa imaginar um fim. quero o novo, o começo. quero algo não imaginado, algo que se forme espontaneamente. abra-se então a minha caixinha mágica, ergam-a no ponto mais alto. jogue-a lá de cima. deixe que flutue tudo que há lá dentro. procurarei então. sem muito rumo, sem muito porquê. não quero voltar, apenas recomeçar, reconstruir. não pense que é um adeus, pois ainda buscarei o que deixei voar no tempo em que sonhava, em que dormia. por favor não acorde! a angústia me colocou num coma confortavel onde apenas escuto sua voz, mas não quero responder... até quando ficarás ai por mim? não pense que quando ver-te querendo partir é que irei acordar. não vou! continuarei desacordada. saiba que estar ao meu lado sem vida, é mesmo que ter ido embora. ainda sinto demasiada dor. vários ganchos prendendo meus braços, despediçando minhas asas que tanto custei a construir com meus clicletes mastigados e papéis coloridos. roubaram-me os lápis de cor. não sobreviverei! cubriram meus olhos com uma venda cor preta. confesso que nem tanto me dói, pois as cores já haviam me roubado mesmo. então de que adiantará enxergar? esmagaram minhas flores. retiraram todas do canteiro e entregaram-as para pessoas, egoismo puro! ninguém entenderia o verdadeiro valor de suas pétalas, retiraram-se os espinhos! mas eles não fazem mal, apenas mostram a realidade. e ao distrubuírem as flores, entregaram as pessoas também desilusão, trasformou a puresa das flores, no comum artificial... sangra em mim, a ausencia de vida. então deixo que se vá o sangue. não precisarei mais dele. os meus orgãos se desintegram. o olfato se perdeu, já que não há sentido não ter o aroma das minhas flores. meu paladar, em decorrencia da ausencia do olfato também se perdeu. se é para apenas sentir o gosto amargo, prefiro então não ter o que sentir. meu tato está dormente e não há mais o que tocar. o concreto se dissolveu, e o líquido evaporou. aconrrentada, e sem forças não posso voar até as nuvens para resgatar o que se foi. no canto de meus olhos ainda resta alguns pontinhos coloridos... ao lado da venda, parecem brilhar... é glitter. mas nem tudo que brilha é festa. percebo então que o cristal se dissolve e na verdade são lágrimas que a friesa de meu corpo deixou cristalizar. estou gelada. por completo. seca... ocapa! roubaram-me tudo. não sei mais o que é vida, nem onde encontrá-la. por favor não me acorde! estou num coma confortável, que faz com que sofra menos. adormeci!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

hoje, é...?

que dia é hoje? o que tem de mais afinal?! tá. já chega! preciso confessar que não aguento mais, nem a rua, nem a tv, nem mesmo essa net, que fica cheia de mensagenzinhas fofinhas repletas de coraçõezinhos e de rimas toscas, cansei! tudo isso por uma data marcada para estimular, na verdade quase que obrigar, as pessoas a consumirem. a comprarem presentes, a sairem pra almoçar, lanchar, jantar, ir no cinema... hoje que seria nomeado dia dos namorados é renomeado por mim como o dia do consumismo e da submição! hoje tudo se admite, tudo se tolera, por causa de uma data. para que não magoe o namorado(a) para que o presente o qual tenha comprado não seja em vão. para que dê tudo certo quando forem sair hoje. para que o jantar não vá por água a baixo. pensam nisso só hoje, só para hoje, nada além. aff! diante de tanto consumismo, tanta falsidade, e de tanta ignorância, me decpciono. um dia em que todos querem mostrar mais poder. o melhor presente, o lugar mais caro... tanta coisa... tanta estravagancia... tanta bobagem! hoje que deveria ser um dia comum, torna-se um dia completamente chato! dominado por pessoas ostis que fingem o tempo todo. gastar é a palavra chave de hoje, o amar como sempre é esquecido. no máximo, o amor fica ali escrito em algum cartão brega com versos bem vulgares que terminará -sempre- com um: eu te amo, beeem cliché. espera, que agora me deu até vontade de vomitar. urg! parem o mundo que eu quero descer. hoje não é um dia de nada! tanto que confesso que hoje me controlei para não gastar, apenas para não contribuir sendo mais um algarismo na estatistica do consumo no dito dia dos namorados.(?) dia que poderia ser chamado vulgarmente como dia do logista, ou dia da fabrica de chocolate, ou dia da barraquinha de flores... ah, poderia ser melhor, dia da falta de criatividade na humanidade em geral, na sua maioria. céus, tu realmente achas que o amor que sentes por alguém, vai aumentar por ter comprado uma camiseta muito cara, um relógio que faz tudo, ou com um tênis super-da-moda?! a humanidade precisa de ajuda! quer que segure sua mão?! e o que falar das flores? pra não dizer que não falei das flores... maior egoísmo que há, é dar um buquê de flores! nem me diga que é romantico. isso não é nada. por que seria romantico? por que isso vem de longas datas?! e daí? ser antigo não quer dizer que seja romantico! tadinha das flores, lhe são retirada a vida, para que possa servir como mero enfeite. desprezam a vida da flor em prol de sua beleza, que é passageira. pior é quando alguém as coloca na geladeira pra manter a aparencia... olha só que belo! ao invés de ter flores murchas em cima da mesa, terá então flores radiantes dentro da geladeira! vai dizer que todo mundo não acha liindo flores na geladeira! afinal fica muito belo, todo mundo as vê lá dentro! me polpe né?! hoje é um dia deprimente e confesso que não estou muito bem. embora ninguém pense nelas, eu pensei nas flores. pensei nos amores. pensei como eles são tão parecidos. ambos surgem para alegrar, melhorar as cores, o aroma da vida... mas apartir do momento que são utilizados para a apaência, para a estética, eles perdem a vida, perdem a sentido. e enquanto vão se deteriorando, carregam muito com elas. as flores perder as cores radiantes, o amor fica desbotado e sem valor. as flores perdem o aroma, e passam a expelir um odor forte e não muito agradável, assim como o amor, passa a incomodar e a torna-se intolerante. as flores murcham e abandonam a vida, o amor se desgasta acaba, e magoa. as flores, deixam suas pétalas podres cair, e denegrir a sua imagem antes bela, o amor fica cheio de feridas e rancor. acabam-se o amor e as flores do buquê. não quero um amor de buquê, quero um amor de canteiro, esse que tenha vida, que seja todo dia regado, nutrido, que possa crescer e mutiplicar, e não apenas regredir. quero um amor que não pense no dia dos namorados, quero um amor que amo o namorado(a) todos os dias, com presentes, com jantares, com flores em um vasinho... sem que seja meramente para completar estatíticas óstis.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Resta um. (?)

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Dizem que seu ton é tingido. Que sua pele é de plástico e que no lugar sangue em veias, corre apenas um flúido cor-de-rosa de sabor por demasia doce. Dizem que seu cabelo é de níllon, que suas sardas são pintadas de indrocor, e que suas bochechas são apenas um pouco mais de blush. Dizem que seu sorriso é maquiagem para esconder a realidade, e dizem que sua boca bem rosada é buro baton, que mancha o que toca. Dizem que de tanto sonhar, acabou-se perdida. Que de tanto chorar, esgotaram-se as lágrimas. Dizem que de tanto falar acabaram-se as letras, os sons; a voz. Que de tanto abraçar, terminou-se a graça. Que de tanto sentir, gastaram-se os sentimentos. Que de tanto amar, extinguiu-se um coração. Dizem que já não se sabe mais o que dizer. Não se sabe mais o que sobrou. Procura-se hoje o que restou...
Tem alguém aí?!