quinta-feira, 21 de agosto de 2008

ansiedade de ponto de ônibus.

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pode ser um bonde, um avião, ou um trem expresso. do destino é um mistério mesmo. em poucos minutos, muito pode mudar. ou nada. poderá permanecer tudo em seu devido lugar. carro em ruas, rua avenidas. vias direcionadas a um lugar que na verdade não sei qual é.de certo até imagino. mas garantir que sei, é pensar saber demais. insegura e ansiosa, não sei bem como vou chegar. nem se pelo caminho que aparento seguir é o mais seguro. mas por fim, vou seguindo...tenho muito o que escrever, muito o que falar. mas talvez seja melhor parar por aqui, não é o momento de me expor, tampouco por demais.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

fusão do cristal em melado.

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está trincado. agora tente observar bem. há uma rachadura alí. de açúcar fiz meu castelo. com algodão doce fiz as nuvens. pintei o céu colorido. para completar as cores que me faltaram. cobri de açúcar tudo que queria. amei tanto. que se cristalizou. paralizei tudo. quis que tudo ficasse da exata maneira que me satisfaz. tudo aquilo duro e parado não me fez bem. quebraram-me então os cristais. umcastelo cristalizado por mim. sobraram caquinhos. que tanto tentei juntar. peguei cada um, tentei colar, mas nada adiantava. percebi que já não adiantava mais voltar atras. lembrar do passado me doía, e tentar imaginar um futuro era tortura demais, não conseguia imaginar como dar continuidade, com meu castelo destruído, com minha vida em caquinhos. adormeci e fugi da luz, quis ficar sozinha. sem enxergar muito bem, acabei pisando sobre os cacos, que me feriam cada vez mais. não conseguia passar por cima deles. sempre me magoava, me feria. pensei tanto em desistir. sangrava-me por completo e não havia muitas forças. não sabia conhar. só havia destruição perto de mim e nenhuma pespetciva. ouvi então algumas vozes. alguns me chamavam de volta a vida. não sei se estava pronta. ainda permanecia muitas feridas que estava tentando cicatrizar. tudo tão dolorido. aos poucos essas vozes trouxeram consigo aromas, me encantaram e me convidaram a abrir os olhos. passei então a enxergar algumas cores. uma esperança no peito, e algumas borboteas no meu interior. me encantou então um sorriso. me fez caminhar. superar as dores. voltar a enxergar. trouxeram-me então a luz! essa que me reanimou, que me aliviou. passei então a seguir minha vida, sem lembrar muito das dores e dos meu cacos. sem perceber. o sol cuidou de transformar minha vida. derreteu o açúcar de meus cacos, formando assim um melado. um mel que juntava tudo que me fazia bem. uniu o que era fundamental. reformulou prioridade. me fez rever muitos conceitos. a luz me ensinou novamente a amar, a não querer voltar mais atras, e apenas deixar que a vida cuide de iluminar e trasfomar o que vivo e assim me superar, transformar o fim, num novo início. faça-se então a fusão do cristal em melado. Start!