#: de onde você veio, há muitas flores?!
&: dificilmente, apenas quando alguém as leva para lá.
#: então lá você não vê borboletas?!
&: não.
#: que triste. Não acha?
&: não.
#: você não acha triste não ver borboletas, e nem flores todos os dias?!
&: não.
#: mas você gosta de flores não é?
&: não.
#: você também não gosta de borboletas?!!!
&: não.
#: tu só fala a palavra " não " ?!!!
&: não!
#: não gostei dessa brincadeira... você está brincando, não é?
&: não!
#: como não?!
&: é que mal conheço as flores, tampouco borboletas.
Ela saiu andando, como se fosse a maior grosseria já dita por alguém naquela galáxia. Garotos do planeta Marte paracem todos estranhos mesmo, como pode não amar as flores, nem as borboltetas?! - disse ela, com uma decepção enorme do rosto. Não entedia que ele não podia amar o que não conhecia.
Mas ele a amou, mesmo conhecendo-a pouco, amou seus gestos, seus olhos e seu sorriso. Amou mesmo sem conhecer o aroma das flores ou o encanto das borboletas, de que tanto ela falava.
Ele não conhecia flores nem borboletas.... nem se quer precisava delas... Ele tinha um coração. E para amá-la, bastava apenas isso.
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