quinta-feira, 12 de junho de 2008

hoje, é...?

que dia é hoje? o que tem de mais afinal?! tá. já chega! preciso confessar que não aguento mais, nem a rua, nem a tv, nem mesmo essa net, que fica cheia de mensagenzinhas fofinhas repletas de coraçõezinhos e de rimas toscas, cansei! tudo isso por uma data marcada para estimular, na verdade quase que obrigar, as pessoas a consumirem. a comprarem presentes, a sairem pra almoçar, lanchar, jantar, ir no cinema... hoje que seria nomeado dia dos namorados é renomeado por mim como o dia do consumismo e da submição! hoje tudo se admite, tudo se tolera, por causa de uma data. para que não magoe o namorado(a) para que o presente o qual tenha comprado não seja em vão. para que dê tudo certo quando forem sair hoje. para que o jantar não vá por água a baixo. pensam nisso só hoje, só para hoje, nada além. aff! diante de tanto consumismo, tanta falsidade, e de tanta ignorância, me decpciono. um dia em que todos querem mostrar mais poder. o melhor presente, o lugar mais caro... tanta coisa... tanta estravagancia... tanta bobagem! hoje que deveria ser um dia comum, torna-se um dia completamente chato! dominado por pessoas ostis que fingem o tempo todo. gastar é a palavra chave de hoje, o amar como sempre é esquecido. no máximo, o amor fica ali escrito em algum cartão brega com versos bem vulgares que terminará -sempre- com um: eu te amo, beeem cliché. espera, que agora me deu até vontade de vomitar. urg! parem o mundo que eu quero descer. hoje não é um dia de nada! tanto que confesso que hoje me controlei para não gastar, apenas para não contribuir sendo mais um algarismo na estatistica do consumo no dito dia dos namorados.(?) dia que poderia ser chamado vulgarmente como dia do logista, ou dia da fabrica de chocolate, ou dia da barraquinha de flores... ah, poderia ser melhor, dia da falta de criatividade na humanidade em geral, na sua maioria. céus, tu realmente achas que o amor que sentes por alguém, vai aumentar por ter comprado uma camiseta muito cara, um relógio que faz tudo, ou com um tênis super-da-moda?! a humanidade precisa de ajuda! quer que segure sua mão?! e o que falar das flores? pra não dizer que não falei das flores... maior egoísmo que há, é dar um buquê de flores! nem me diga que é romantico. isso não é nada. por que seria romantico? por que isso vem de longas datas?! e daí? ser antigo não quer dizer que seja romantico! tadinha das flores, lhe são retirada a vida, para que possa servir como mero enfeite. desprezam a vida da flor em prol de sua beleza, que é passageira. pior é quando alguém as coloca na geladeira pra manter a aparencia... olha só que belo! ao invés de ter flores murchas em cima da mesa, terá então flores radiantes dentro da geladeira! vai dizer que todo mundo não acha liindo flores na geladeira! afinal fica muito belo, todo mundo as vê lá dentro! me polpe né?! hoje é um dia deprimente e confesso que não estou muito bem. embora ninguém pense nelas, eu pensei nas flores. pensei nos amores. pensei como eles são tão parecidos. ambos surgem para alegrar, melhorar as cores, o aroma da vida... mas apartir do momento que são utilizados para a apaência, para a estética, eles perdem a vida, perdem a sentido. e enquanto vão se deteriorando, carregam muito com elas. as flores perder as cores radiantes, o amor fica desbotado e sem valor. as flores perdem o aroma, e passam a expelir um odor forte e não muito agradável, assim como o amor, passa a incomodar e a torna-se intolerante. as flores murcham e abandonam a vida, o amor se desgasta acaba, e magoa. as flores, deixam suas pétalas podres cair, e denegrir a sua imagem antes bela, o amor fica cheio de feridas e rancor. acabam-se o amor e as flores do buquê. não quero um amor de buquê, quero um amor de canteiro, esse que tenha vida, que seja todo dia regado, nutrido, que possa crescer e mutiplicar, e não apenas regredir. quero um amor que não pense no dia dos namorados, quero um amor que amo o namorado(a) todos os dias, com presentes, com jantares, com flores em um vasinho... sem que seja meramente para completar estatíticas óstis.

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